Destaques

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

LEGO Star Wars III: The Clone Wars [PRÉVIA]

Quando o primeiro LEGO Star Wars chegou aos consoles, em 2005, poucas pessoas acreditaram que a nova investida da fabricante de brinquedos desmontáveis no mundo dos jogos seria um sucesso. Não só estavam erradas, como o título ganhou uma sequência e várias outras versões, que apresentaram uma nova perspectiva do mundo de Batman, Indiana Jones e Harry Potter.

Cinco anos depois, percebemos que a franquia já não possui a mesma força de antes. O principal motivo é a falta de inovação na fórmula, que somente trazia novos cenários a cada lançamento e mantinha a mecânica exatamente inalterada. Por que jogar a sequência se ela era idêntica ao seu antecessor?


Na busca por uma renovação, a Traveller's Tales retornou à série que conseguiu consolidar os bonequinhos nos consoles. Em LEGO Star Wars III: The Clone Wars, voltamos ao universo criado por George Lucas para ver a brincadeira ser remontada.

Entre o bem e o mal

Assim como os primeiros games se inspiraram nos filmes, a nova aventura recria os acontecimentos vistos na série animada de Star Wars: Guerras Clônicas. Isso faz com que novos personagens e cenários sejam adicionados à história, tornando tudo ainda mais completo.

O enredo se passa entre o segundo e o terceiro longa-metragem, momento em que a guerra entre República e Exército Separatista está em seu momento mais crítico. Para impedir que todo o universo seja abalado com o conflito, os cavaleiros Jedis entram em ação e tentam impedir as ações dos Siths.


Para isso, você controla personagens clássicos, como Yoda, Obi-Wan Kenobi e Anakin Skywalker. O destaque, entretanto, está na presença de uma nova heroína: Ahsoka Tano, aprendiza de Anakin e que aparece pela primeira vez em versão LEGO.

Mantendo a essência

Para dar novo gás à franquia de jogos, a desenvolvedora decidiu não recriar toda a mecânica do zero. Em vez disso, manteve aquilo que os heróis desmontáveis têm de melhor e reformulou elementos que necessitavam de ajustes. Sendo assim, a essência de destruir e coletar peças continua, enquanto toda a parte gráfica recebe um merecido upgrade.


Isso é uma ótima notícia, principalmente para os fãs da série. Se você é louco por colecionar peças e não descansa enquanto não consegue fazer 100% no game, saiba que LEGO Star Wars III: The Clone Wars ainda vai fazê-lo perder noites de sono em busca de bloquinhos pelas fases.

A grande novidade está na remodelagem dada ao visual e ao modo com que tudo funciona. Mesmo sem alterações radicais, a evolução na forma com que os bonecos andam e interagem é nítida. Se arremessar inimigos com a Força era algo pouco natural nos títulos anteriores, em The Clone Wars isso parece ter sido criado exatamente para que pedaços de LEGO voem para todos os lados.


Os personagens e cenários também receberam melhorias, o que deixa a movimentação muito mais fluida. Por mais que todo o ambiente seja criado com pecinhas, o nível de detalhes aumentou e deixou tudo ainda mais bonito.

Estratégias de guerra

LEGO Star Wars III: The Clone Wars traz inovações também em elementos de jogabilidade. A nova aventura está muito mais focada em estratégia e no modo com que os heróis interagem para superar algum obstáculo. Se nos jogos anteriores tudo era centrado em uma só tela, agora é possível levar os Jedis para pontos diferentes do cenário, seja para resolver certos puzzles ou para garantir um ataque extra durante combates.


O sistema é bastante simples. No modo single player, por exemplo, é possível trocar de boneco e sair sem que o outro comece a segui-lo até o novo local. Já quando temos dois jogadores em cena, a tela é dividida ao meio para que cada um possa agir independentemente do outro.

Isso funciona muito bem durante algumas lutas. Enquanto Anakin enfrenta um exército de Droids, por exemplo, Ahsoka pode chegar com reforços pela retaguarda e acabar com o confronto em pouquíssimo tempo. Tudo depende de como você e seu amigo imaginaram a ação.

Para quem acha que Star Wars também é sinônimo de voar pelo espaço, o novo LEGO também oferece alguns níveis em que você controla naves da República em missões de abater planadores inimigos. Isso traz uma variedade na jogabilidade, tornando o retorno de Anakin ao mundo desmontável muito mais divertido e interessante.

Aprimorando a fórmula

A desenvolvedora não é nenhuma novata — é responsável pela adaptação, para os video games da linha LEGO, de várias franquias de sucesso: Star Wars, Indiana Jones, Batman, Rock Band, Harry Potter... A experiência, consequentemente, é visível nos títulos mais recentes do gênero. A fórmula, que busca criar diversão tanto para crianças quanto para adultos, parece estar funcionando.




Assim, não há motivo para mudar radicalmente o estilo da série. O que é exatamente a proposta de LEGO Star Wars 3: explorar um novo mundo, rico em conteúdos inéditos nos video games, ao mesmo tempo em que se mantém fiel aos conceitos que fizeram o sucesso das adaptações dos blocos coloridos no meio eletrônico.

Ou seja, o jogador — ou jogadores, já que todos os games da série focam bastante em uma jogabilidade cooperativa para duas pessoas — ainda estará brigando contra oponentes que se desmontam ao serem derrotados, juntando blocos para construir objetos e resolvendo os mais variados quebra-cabeças para progredir na campanha.

O que não quer dizer que este título seja apenas mais do mesmo. Foi feito um esforço considerável para inserir elementos que avancem a série e proporcionem aos usuários aquele insubstituível sentimento de novidade ao encontrar algo de diferente. Por exemplo, em combates espaciais o jogo permitirá ao jogador descer da nave e realizar algumas ações antes de retornar à batalha. E a coisa não para por aí.

Chefes de cenário foram radicalmente aprimorados. Enquanto em outros jogos da série eles eram simplesmente inimigos mais resistentes, devendo ser derrotados quase que exclusivamente na base da pancada, agora é preciso pensar um pouco mais para sair vitorioso — incluindo prender o grande adversário para que outros NPCs o ataquem com mais facilidade.

Integração visual

O elemento que mais se destaca, porém, é a integração entre gráficos típicos da série LEGO e outros mais realistas, retratando objetos e partes do cenário de forma mais fidedigna. Isso foi exposto durante uma demonstração na Electronic Entertainment Expo (E3), na qual foi possível perceber uma tentativa genuína da Traveller’s Tales de agrupar os dois estilos visuais — um único inimigo, inclusive, chegava a combinar ambos simultaneamente.


Essa alternância — que é perceptível, mas cujos temas se encaixam muito bem e sem destoar — é algo que diferencia este títulos de seus antecessores, principalmente quando juntamos o escopo grandioso que o jogo final deve demonstrar. Batalhas entre centenas de clones, comandados pelo jogador, devem transformar a forma como os próprios usuários mais novos encaram o game.

A demo da feira também mostrou um pouco do que veremos quando o jogo estiver terminado: 20 missões diferentes fazendo parte da campanha, além de algo em torno de 16 sistemas solares diferentes a serem explorados — e utilizando a nave de ninguém menos do que Anakin Skywalker!

O game está previsto para o ano que vem — este ano a Traveller’s Tales já lançou LEGO Harry Potter: Years 1-4. É esperar para conferir o trabalho que a empresa está desenvolvendo, especialmente no que diz respeito às melhorias gráficas.

0 comentários:

Postar um comentário

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More

 
Powered by Blogger