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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Gran Turismo 5 [ANÁLISE]

Como todos 'gamers' sabem, GT 5 (como é abreviado) foi recentemente lançado pela Polyphony Digital. E como eu tenho um PS3  e esse jogo posso dizer que ele está no ponto certo para Diversões, Campeonatos e Corridas Online. Confira essa análise desse jogo espetacular: Gran Turismo 5



A expectativa é, sem dúvidas, uma das maiores armas para qualquer tipo de mercado. Fazer as pessoas desejarem seu produto é a melhor maneira de incentivar o consumo e alavancar as vendas. Quem nunca ficou ansioso enquanto aguardava um grande lançamento?

Contudo, o hype também é uma perigosa faca de dois gumes, principalmente nos games. Ao mesmo tempo em que as apostas em determinado título crescem, maiores são as chances de você se decepcionar com o resultado final. Como todos esperam um jogo perfeito, qualquer falha pode ser vista como desastrosa.

Gran Turismo 5 é o mais recente exemplo dessa supervalorização prévia. Em produção desde 2005, um ano após o lançamento do game anterior, o novo capítulo da série de simuladores foi vítima de especulações criadas pela imprensa especializada e por gamers do mundo inteiro. Graças aos vários adiamentos e anúncios de melhorias significativas no visual e na mecânica de jogo, era natural que surgisse um sentimento de que a maior obra-prima dos consoles estava por vir.


A expectativa em torno de GT5 era tanta que até mesmo uma versão não finalizada foi comercializada. Aos fãs da franquia, Gran Turismo 5: Prologue era o suficiente para imaginar do que a Polyphony Digital conseguiria fazer com o potencial gráfico do Playstation 3.

Eis que depois de cinco anos de espera, o ansiado título finalmente chega às lojas. Com menos de uma semana após o lançamento oficial, o título já bateu vários recordes de vendas e é a maior aposta da Sony para o Natal. Isso significa que o game é realmente tudo aquilo que imaginamos? Se você faz parte do enorme grupo que entrou no hype de Gran Turismo 5, sinto informar que não.

Um banho de água fria

GT5 é o tipo de jogo que tinha tudo para ser épico e levar com facilidade o prêmio de melhor do ano. O problema é que se criou uma expectativa tão grande em torno dele que até mesmo quem não o aguardava vai se sentir decepcionado. Durante nossa análise, não foram poucas as vezes em que pessoas pararam para dizer “esse é o tal do Gran Turismo 5?”.


Isso acontece porque todo mundo espera muito do game. Depois de tantos anúncios, declarações e promessas, era óbvio que até mesmo jogadores casuais e leigos iriam querer encontrar uma obra de arte em 3D na sala de suas casas. Portanto, a frustração é certa para quem for jogar GT5 com essa perspectiva.

Isso não significa que o título é ruim ou que deixe a desejar, longe disso. Gran Turismo 5 é exatamente aquilo que nos foi prometido durante anos, principalmente em questão de jogabilidade e quantidade de conteúdo. No entanto, para aproveitar tudo o que a Polyphony Digital tem a nos oferecer, é preciso reconhecer seus erros e mergulhar de cabeça naquilo que ela fez de melhor.

Bom

Diga adeus à autoescola

“O verdadeiro simulador de direção”. O slogan da série é muito mais do que uma frase de efeito para vender cópias. Trate-se de um resumo preciso do que Gran Turismo realmente é. Desde sua origem, a franquia sempre teve como característica principal o realismo, e em GT5 isso é mais evidente do que nunca.


Independentemente de você ter ou não carteira de motorista, a sensação de realmente estar dirigindo um carro de verdade é perceptível já nos primeiros minutos de jogo. A dificuldade em estabilizar o automóvel na pista molhada e a precisão para ultrapassar os adversários sem causar algum tipo de acidente é algo que quem já possui certa familiaridade com automóveis vai identificar logo de início.

A física fiel à realidade é o maior destaque de todo o jogo, o que é fortemente sentido na jogabilidade. Sendo assim, até mesmo quem não se interessa pelo gênero de corrida ou simulação vai se admirar e gostar da mecânica utilizada em Gran Turismo 5.


O maior exemplo disso é a dificuldade para realizar curvas em alta velocidade. Ainda que seja possível adicionar uma linha-guia na tela para indicar o momento exato de frear e iniciar a volta, é preciso muita destreza no volante para conseguir isso sem perder algumas posições.

Se você faz parte da Escola Mario Kart de Direção, que ignora a existência do freio durante o game, saiba que vai ser praticamente impossível ganhar qualquer disputa. Isso porque a Força G utilizada funciona da mesma forma como nas pistas de verdade, o que exige paciência e habilidade para conseguir manter-se no eixo.

Esse nível de realismo também é sentido nos controles. A pressão aplicada ao botão é igualmente sentida na aceleração do veículo. Quanto mais forte você apertar, maior será a velocidade obtida. Apesar de isso facilitar em longas retas, qualquer bobeira na direção pode ser crucial.

Os comandos de direção são incrivelmente precisos, principalmente com o analógico. Como o menor toque na alavanca já é percebido pelo carro, é preciso ter certeza de suas ações e noção da força aplicada para realizar o movimento perfeito.


Quem possui acessórios de direção, a imersão em Gran Turismo 5 é ainda maior. Manter a estabilidade torna-se muito mais natural e, dependendo do equipamento utilizado, é preciso realmente simular uma corrida. Alguns tipos de volante acompanham um conjunto de pedais, que permitem engatar a embreagem para trocar de marcha.

A Playstation Eye é outro elemento que ajuda a tornar a experiência ainda mais real. Ao utilizar a visão de dentro do cockpit, ela ativa o chamado head tracking, um recurso que acompanha o movimento da cabeça do jogador durante as olhadas nos retrovisores. Assim, sempre que você for ver o que acontece ao seu redor, a tela vai segui-lo. Agora imagine todos esses elementos funcionando simultaneamente e você tem a sensação de estar dirigindo um carro de verdade.


Se você tem uma TV com uma ótima saída de som ou um bom sistema de home theater, o mergulho no mundo de GT5 torna-se ainda mais real. Os efeitos utilizados nos motores variam de acordo com o modelo utilizado e com a força aplicada durante a aceleração. Além disso, mudanças de cenário também influenciam no ronco. Um túnel, por exemplo, torna o som mais abafado, enquanto áreas de elevação vão “castigá-lo” mais.

Infinitas possibilidades

Durante os cinco anos de produção de Gran Turismo 5, um dos pontos mais enfatizados pelas Polyphony Digital era a quantidade de conteúdo que o estúdio estava preparando para o game. Vendo o resultado final, ficamos felizes em perceber que não ficaremos decepcionados com as infinitas possibilidades disponíveis.

Sem qualquer exagero, há muita coisa a ser feita em GT5. São tantos recursos e opções – ainda que a interface do menu principal seja incrivelmente limpa, simples e completamente em português – que é difícil se decidir por onde começar.


O modo Arcade, por exemplo, deveria oferecer uma diversão rápida e sem compromisso, mas traz tanto conteúdo que você leva alguns minutos para finalmente escolher. Além da grande variedade de carros, que vão de um simples Fiat 500 às luxuosas Ferraris, as pistas também são igualmente atraentes.

Entre os vários circuitos ofertados, há aqueles criados exclusivamente para o jogo, assim como autódromos reais e áreas urbanas de cidades famosas. A novidade, entretanto, fica por conta das trilhas de rally e das estradas com neve para corridas off-road.


Porém, é no Modo GT que está o grande enfoque de Gran Turismo 5. Ao entrar no espaço Minha Casa, o jogador perceberá a grande quantidade de funções e possibilidades disponíveis. Além das mais de 50 missões presentes para tirar todas as carteiras, há uma grande variedade de carros novos e usados que são habilitados à medida que você avança no jogo.

As corridas e campeonatos de A-Spec trazem mais variedade ao game, principalmente por exigirem condições específicas nas diferentes categorias. Certas competições só aceitam carros de determinada nacionalidade, enquanto outras exigem veículos fabricados até certo ano. Isso impede que você se torne especialista em apenas um tipo de direção, forçando-o a experimentar outros tipos de modelos – além de aumentar sua garagem.

Já o B-Spec funciona de modo semelhante, mas tira o jogador do volante para colocá-lo nos bastidores. Apesar de não ser um modo para qualquer pessoa, é divertido incorporar um chefe de equipe e dar ordens ao seu piloto. Controlados pela inteligência artificial, é preciso saber dosar os comandos com a personalidade de cada corredor para obter um bom resultado.


No entanto, a maior novidade está nos chamados Eventos Especiais, que contêm vários modos inéditos e que trazem uma variação muito maior à jogabilidade. É o caso dos karts, apresentados em uma série de vídeos anteriores ao lançamento de GT5.

Apesar de seguirem a mesma lógica de direção das demais corridas, os pequenos veículos diferenciam-se por serem extremamente rápidos e sensíveis. Qualquer virada errada no volante faz com que o carro rodopie sem parar pela pista.

O inverso acontece com o Top Gear Test Track, inspirado no famoso programa de TV britânico. Ao menos no primeiro estágio, você controla uma Kombi e deve vencer sem derrubar nenhum cone ou se chocar com os outros pilotos. O diferencial está na baixa velocidade do veículo, além
de seu tamanho, que dificultam as ultrapassagens.


Por fim, o esperado modo NASCAR. O grande destaque não está nas disputas de alta velocidade (que são extremamente divertidas e emocionantes), mas na presença ilustre de Jeff Gordon, um dos pilotos mais famosos na categoria. Ao entrarmos na modalidade pela primeira vez, ele nos apresenta o esporte e explica suas peculiaridades.

Além de dublar e controlar o veículo durante as corridas, Gordon deu importantes dicas à equipe da Polyphony Digital sobre a lógica e o funcionamento da NASCAR. Graças a ele, a física das ultrapassagens e a utilização do vácuo foram aprimoradas na versão final de Gran Turismo 5.

Um RPG sobre rodas

Não, você não leu errado. GT5 é um verdadeiro RPG de carros. Isso não significa que ele abandonou suas origens ou que possui elementos de exploração. O game ainda é um simulador de direção, mas com um sistema de evolução muito semelhante ao encontrado no gênero de Final Fantasy e Dragon Quest.

Para ter acesso a materiais mais competitivos e provas mais valiosas, é preciso progredir sua carreira até altos níveis, além de equipar seu carro com os melhores equipamentos do mercado. Enquanto não possui habilidade e dinheiro o suficiente para isso, tem de se virar com o que tem.


Portanto, não se decepcione ao comprar um automóvel nada elegante ou que deixa a desejar em velocidade logo de início. Apesar de ser um pouco frustrante para quem quer começar pisando fundo no acelerador, esse veículo mais básico é o suficiente para ajudá-lo a ganhar os primeiros trocados.

Além disso, as licenças também são ótimas formas de aumentar seu nível e ganhar um pouco mais de dinheiro. Da mesma forma com que as quests ajudam os personagens de RPG a evoluírem, as carteiras também auxiliam o jogador a entender um pouco mais da física do jogo.

A dificuldade é outro elemento que acompanha a progressão de sua carreira. Além de encontrar campeonatos mais acirrados, seu level vai refletir também no grau de realidade do jogo. À medida que suas habilidades como piloto aumentam, as complicações das corridas reais tornam-se mais acentuadas.


O maior exemplo disso é o criticado sistema de danos. Apesar de ser anunciado como um simulador extremamente real de direção, as primeiras disputas de Gran Turismo 5 deixam a desejar pelo fato de os carros não ficarem danificados após fortes colisões. Entretanto, enquanto muita gente apontou isso como uma falha no título, descobriu-se que isso era uma tentativa de facilitar a jogabilidade de novos iniciados.

A partir do momento que você atinge um nível mais elevado, as batidas no cenário ou em outros automóveis passam a deformar a lataria de seu carro até o ponto em que ele não consegue mais o mesmo desempenho de antes. Essa restrição foi feita exatamente para que novos jogadores não fossem penalizados por sua falta de perícia no volante.


Contudo, os danos não são a única premiação liberada à medida que você evolui. Novos circuitos e veículos são habilitados, incluindo os cobiçados conteúdos da linha Premium, que realmente usam todo o potencial gráfico prometido pela desenvolvedora.

Portanto, se você começou a jogar GT5 agora e se decepcionou com o material apresentado, fique tranquilo: o game realmente melhora (e muito) com o passar do tempo. O início difícil faz parte do processo de aprendizagem, mas é incrivelmente recompensador após você pegar o jeito.

São apenas detalhes

Desde que a Polyphony Digital divulgou as primeiras imagens fotorrealistas de Gran Turismo 5, tivemos a certeza de que o game seria extremamente focado em detalhes. Basta pilotar um dos carros da linha Premium ou entrar em uma das pistas inéditas para ver que o charme do título está exatamente nas pequenas coisas.


Apesar da inconstância gráfica (como veremos adiante), é nítida a preocupação de GT5 em trazer elementos que realmente condigam com a realidade, nem que para isso você tenha de pausar a corrida de repente para colar os olhos na tela da TV. Os circuitos inspirados em cidades ou autódromos reais, por exemplo, reproduzem com muita fidelidade não apenas as voltas e ângulo de curvatura, mas também os prédios e demais construções ao seu redor.

Isso é tão verdade que o tempo de cada volta no game corresponde com diferença de centésimos de segundos ao real. Sendo assim, a experiência de correr em Laguna Seca em Gran Turismo 5 é praticamente a mesma do que os pilotos de verdade sentem.

O público também faz sua parte. Esqueça os bonecos de papelão atrás das paredes que estão ali apenas para fazer volume. A torcida que vai acompanhar as corridas realmente se move, fotografa
e até mesmo segue com a cabeça os automóveis na pista.


Os carros, por sua vez, recebem um tratamento especial. Além das animações muito bem feitas, há o chamado Photo Mode. Ao pausar a reprodução de qualquer replay, você entra em um menu especial que funciona como uma verdadeira câmera fotográfica.

Com a ação temporariamente congelada, você deve configurar sua máquina para captar a melhor imagem possível. Ajustes reais, como tempo de exposição e distância focal do objeto estão presentes e funcionam da mesma forma como na realidade. Além disso, recursos como filtros e efeitos também estão disponíveis.

O resultado final é fantástico e evidencia a grande preocupação da desenvolvedora em recriar os veículos como máximo de detalhes. Dependendo do zoom aplicado, é possível conferir até mesmo os riscos do acrílico que forma o farol, por exemplo.


O Photo Travel Location funciona da mesma forma, porém utiliza cidades e áreas turísticas do mundo inteiro em vez de pistas. Com isso, os efeitos de iluminação e interação com o ambiente ficam muito mais evidenciados.

Clima dinâmico e tempo real

Uma das novidades mais interessantes e divertidas de GT5 é o sistema de circuitos com alterações climáticas em tempo real. Para tornar a experiência mais versátil e dinâmica, alguns circuitos possuem o tempo instável, podendo chover de repente ou simplesmente anoitecer à medida que você avança.


Essa mecânica foi adicionada exatamente para tornar o simulador ainda mais real, já que um ambiente estático soa como pouco natural durante uma corrida. Além disso, esse recurso interfere diretamente na jogabilidade. Como acontece em competições, a escolha dos pneus adequados para o estado do asfalto é fundamental para conseguiu um bom desempenho.

Uma pista para chamar de minha

Conforme anunciado, Gran Turismo 5 traz também um editor de pistas para que você crie seus próprios circuitos. Em vez de fazer com que cada trecho seja criado a partir do zero, o game oferece uma fase para que você altere algumas variáveis, como quantidade e ângulos das curvas, além do nível de complexidade do trecho e sua largura.

Gráficos de encher os olhos

Depois de tudo o que foi mostrado e prometido, você deve estar se perguntando por que a questão gráfica é o último ponto a ser analisado na parte positiva de Gran Turismo 5. Isso acontece pelo fato de o visual do game ser a parte mais controversa de todo o título.

Para avaliar esse aspecto de GT5 é preciso esquecer todo o hype criado em torno do visual dos carros e ter paciência para conseguir liberar a maioria do conteúdo Premium. Somente dessa forma é possível perceber o quão grande o jogo é. Se você é apressado e não aguenta esperar, pode entrar no modo Arcade e ir já de início ao que o título tem de melhor.


Como dito anteriormente, há uma grande preocupação por parte do estúdio em recriar carros e cenários com o máximo de detalhes possíveis. Com exceção do material exportado de Gran Turismo 4, tudo aquilo que foi construído exclusivamente para o lançamento é realmente de encher os olhos.

Até mesmo nas partes menos trabalhadas é possível perceber que tudo está muito bem feito. O efeito de pop-in, em que objetos surgem no horizonte de repente, é quase inexistente. As texturas do asfalto, de construções e até mesmo da vegetação na borda da estrada conseguem ser realmente fiéis, apesar de possuírem algumas falhas de resolução.

Ruim

Gráficos de chorar

Se a área Premium de Gran Turismo 5 é visualmente encantadora, o que dizer da linha Standard? Por ter sido extraída do Playstation 2, nem mesmo o tratamento utilizado consegue esconder as falhas existentes. O mesmo acontece com os cenários, que possuem um visual realmente decepcionante.

O grande problema de GT5 é ser megalomaníaco. Ao colocar mais de 1 mil carros e uma grande variedade de circuitos disponíveis, era de se esperar que o conteúdo reaproveitado dos jogos anteriores ficasse muito aquém do esperado. Chega a ser desanimador ver o Playstation 3 com imagens desse porte.]


Entretanto, o maior erro não está na reutilização de material. Entre os vários anúncios feitos para promover o título, os efeitos de chuva foram vistos como extremamente realistas e esteticamente perfeitos. Na prática, isso não funciona tão bem.

É verdade que a cortina de água que os veículos levantam ao passar pelo asfalto molhado é interessante. A resposta da iluminação nas gotículas é realmente impressionante e chama a atenção de qualquer um. Entretanto, ela é a responsável pela maior falha de todo o game.


Ao entrar em contato com as bordas dos carros, a textura alfa dessa nuvem sobrepõe-se à do veículo, levando a resolução do automóvel a 1/16 do que era. O resultado dessa salada toda é um festival de serrilhados e a sensação de que temos GIFs animados correndo na pista.

Além disso, parece que todo o foco da produção do jogo ficou nas pistas e no design dos carros. Todos os demais elementos parecem ter sido feitos às pressas, como os personagens humanos que o auxiliam durante as licenças e o público que acompanha as corridas.

Sem espaço para a criatividade

Ainda que o editor de circuitos dê ao jogador a possibilidade de “criar” sua própria pista, a sensação de que sua imaginação está aprisionada é constante em Gran Turismo 5. O que você realmente faz é ajustar algumas variáveis para que o caminho fique mais complicado ou simples, de acordo com suas preferências.


Mesmo que o resultado final seja bem interessante, os jogadores mais criativos podem sentir falta de realmente colocar a mão na massa e criar algo mais exclusivo. Apesar de sabermos da dificuldade em criar um sistema semelhante a Modnation Racers, isso não torna a falta de liberdade menos frustrante.

O mesmo acontece com a criação de pilotos para o B-Spec. Como cada um deles possui uma personalidade e características próprias, é de se imaginar que podemos ajustar de acordo com aquilo que achamos fundamental. Entretanto, é preciso clicar em um botão que gera um personagem aleatoriamente. O absurdo é tanto que nem o mesmo o nome pode ser alterado, ficando restrito a uma lista pré-determinada.

Devagar, quase parando

Após o lançamento oficial de GT5, muitos sites e blogs especializados passaram a noticiar que era preciso instalar um arquivo de 8 GB para que o game funcionasse perfeitamente, um processo que levaria entre 40 e 50 minutos. No entanto, para quem não quisesse esperar, era possível adotar a chamada “instalação dinâmica”, que adicionaria os arquivos necessários à medida que você acessa os recursos do jogo.


Isso de fato acontece, mas o resultado final é o mesmo: você vai esperar, seja de uma forma ou de outra. A única diferença do dinâmico para o tradicional é que você fraciona o tempo em vários loads, que parecem durar por toda a eternidade.

Ainda que esse período diminua após a instalação da maioria do conteúdo, é realmente irritante ver a barra de progresso avançar com uma má vontade sem igual. Se quiser um conselho, aplique o pacote de uma só vez e se livre da tortura a cada novo menu.

Jogar online: uma questão de sorte

Quem acompanha o Baixaki Jogos deve ter visto a notícia de que os servidores online de Gran Turismo 5 já estavam superlotados em menos de 24 horas após seu lançamento oficial. Mesmo com um patch que dobrou a capacidade de 500 mil jogadores para 1 milhão, ainda é complicado entrar nas salas para correr com outros jogadores.


Durante o período de análise, tentamos diversas vezes conectar, mas somente uma foi com sucesso. Todas as demais nem sequer conseguiram uma resposta do game, enquanto algumas desconectavam de repente no meio da corrida. Ainda que a Polyphony Digital prometa corrigir esse problema
com atualizações futuras, as salas online ainda são um grande ponto negativo em GT5.

Vale a pena?

Depois de cinco anos de produção, era de se esperar que Gran Turismo 5 superasse todas as expectativas dos fãs e gamers em geral. Infelizmente isso não acontece, já que como todo título, possui suas falhas e deixa a desejar em muitos aspectos. Entretanto, isso não tira o brilho que a série merece.

A infinidade de conteúdo e sua jogabilidade precisa são as principais armas da PolyPhony Digital para conquistar velhos fãs do gênero e até mesmo jogadores curiosos que não se interessam tanto por simulação. O sistema de progressão é instigante e faz com que você queira habilitar todas as funções disponíveis.


Porém, o que realmente chama a atenção e nos mostra que a desenvolvedora conseguiu chegar aonde queria com GT5 é no nível de fidelidade do game. Carros, pistas e cenários são perfeitamente representados, assim como a física e a sensação de jogabilidade. Efeitos como o head tracking e as alterações climáticas em tempo real apenas complementam como um charme a mais.

No fim das contas, o estúdio conseguiu novamente se superar e criar o que parece ser o simulador de direção definitivo. Ainda há muito que melhorar, mas ao menos sabemos que eles estão no caminho certo.

Fonte: Baixaki Jogos

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